Fazer uma redação no Enem com rascunho

Utilizar orações curtas e também períodos não bastante longos, como regra universal, para levar à nitidez na exposição e também não torná-la cansativa. 21 – Se vestir citações de outros autores, examinar que elas sejam oportunas e também significativas para o matéria a ser desenvolvido. Coloque-as entre aspas. 22 – Não utilizar expressões vulgares ou chavões. : “Nos píncaros da glória…” “Mergulhada num dilúvio de lágrimas…” “Neste instante solene…” “Nos primórdios da humanidade…” “Com a voz embargada de perturbação…” “Estou fraco em Geografia. “O horizonte é uma rijeza…” 23 – Ser objetivo no matéria exigido, com simplicidade no estilo. Ser procedente… 24 – Vestir palavras do qual significado domine amplamente, completamente. 25 – Evitar o uso de imagens de maléfico fazer uma redação do enem com os segredos da redação perfeita  palato ou expressões que constituem chavões e também lugares comuns.

dicas redação missão enem segredos da redação portugues pra passar (1)

Optar pela simplicidade de estilo, nitidez de idéias e também objetividade na estudo do matéria. 27 – Formar orações curtas, ao paladar do estilo moderno. 28 – Repartir harmoniosa e também adequadamente as pausas ao longo da oração, pontuando-a conforme. 29 – Revisar com atenção a ortografia das palavras. 30 – Não vestir palavras do qual sentido desconheça. 31 – Zelo para não cometer falhas de informação. : “O sol é o maior planeta do sistema solar…” 32 – Substituir as palavras ou expressões cuja sucessão de sons prejudique a toada. 33 – Ser objetivo na estudo do ponto e também não subjetivo. 34 – Desvelo com o altura (= o objecto) e também maneira (= a frase escrita) eles se completam 35 – Coloca-se pingo e também não bolinha sobre o “I ” e também o “chocarreiro” minúsculos. 36 – Se vestir letra de modo ou classe “chibata bastião zelo com o acento diagrama e também a letra maiúscula. 37 – Meditar, filosofar, meditar de antemão de nenhum gênero de coisa sobre os temas propostos e também, particularmente, sobre o tema escolhido antes que de iniciar a redação. 38 – Lembrar que os “LEADS jornalísticos”: que, quem, enquanto, onde, porque, como, incessantemente ajudam a não trespassar do tema. 39 – Cuidar da secção gramatical: ortográfica, placar, acentuação gráfica, crase, colocação do pronome, concordância, regência, vícios de linguagem… 40 – Estruturar a redação em três partes tradicionais: a) Introdução (apresentação ou teorema diz Aristóteles) – “é o que não admite zero de antemão e também pede algo depois.” Serve para situar o ledor em ponto a ser desenvolvido, não apresenta fatos ou razões, porque sua alvo é predispor o anjo do lente para o que virá acompanhar. b)

A teoria do conhecimento na Idade Moderna

Da Antiguidade até o início do Renascimento, embora tenham surgido várias teorias a respeito de como se efe-tua o conhecimento, não há discordância sobre a possibilidade de o homem conhecer o real. Do ponto de vista epistemológico, esta é a posição realista, em que os objetos correspondem plenamente ao conteúdo da percepção. Vale lembrar que conhecimentos como este abordado no artigo podem fazer a diferença na prova de redação do Enem. Lá, técnicas como a da intertextualidade podem fazer toda a diferença na nota final porque esta é uma das competências avaliadas pelo Enem.

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O Renascimento, entretanto, vai trazer grandes modificações, dentre as quais vale destacar:

•  a separação entre fé e razão, que vai levar ao desenvolvimento do método científico para o estudo das ciências naturais;
•  o antropocentrismo, que estabelece a razão humana como fundamento do saber;
•  o interesse pelo saber ativo, em oposição ao saber contemplativo, que leva à transformação da natureza e ao desenvolvimento das técnicas.

No rastro dessas mudanças, os pensadores do século XVII abordam a temática do conhecimento de modo inteiramente novo, colocando em questão a própria possibilidade do conhecimento. Não se trata mais de saber qual é o objeto conhecido. Deve-se, agora, indagar sobre o sujeito do conhecimento: quais as possibilidades de engano e acerto? quais os métodos que podemos utilizar para garantir que o conhecimento seja verdadeiro?
As respostas a essas indagações dão origem a duas correntes filosóficas diametralmente opostas, a saber, o racionalismo e o empirismo.

O racionalismo

O principal representante do racionalismo no século XVII é o francês Re-né Descartes, que, descontente com os erros e ilusões dos sentidos, procura o fundamento do verdadeiro conhecimento. Assim, estabelece a dúvida como método de pensamento rigoroso. Duvida de tudo que lhe chega através dos sentidos, duvida de todas as ideias que se apresentam como verdadeiras. A medida que duvida, porém, descobre que mantém a capacidade de pensar. Por essa via, estabelece a primeira verdade que não pode ser colocada em dúvida: se duvido, penso, se penso, existo, embora esse existir não seja físico. Existo enquanto ser pensante (sujeito ou consciência) que é capaz de duvidar. Formula esta descoberta em uma frase muito conhecida: Penso, logo existo.

A partir dessa primeira verdade intuída, isto é, concebida "por um espírito puro e atento, tão fácil e distinta, que nenhuma dúvida resta sobre o que compreendemos", Descartes diferencia dois tipos de ideias: algumas claras e distintas, outras confusas e duvidosas. Propõe, então, que as ideias claras e distintas, que são ideias gerais, não derivam do particular, mas já se encontram no espírito, como instrumentos com que Deus nos dotou para fundamentar a apreensão de outras verdades. Essas são as ideias inatas, que não estão sujeitas a erro e que são o fundamento de toda ciência. Para conhecê-las basta que nos voltemos para nós mesmos, através da reflexão.

Dentre as ideias inatas, encontramos as de um Deus Perfeito e Infinito (substância infinita), da substância pensante e da matéria extensa.

O ponto de partida de Descartes é, pois, o pensamento, abstraindo toda e qualquer relação entre este e a realidade. Como passar, porém, do pensamento para a substância extensa, ou seja, a matéria dos corpos?

Exatamente porque pensamos, podemos pensar a ideia de infinito, ou seja, de Deus, com todos os seus atributos, dentre os quais está a perfeição. Ora, para ser perfeito, Deus deve existir. Da ideia de Deus, passamos a poder afirmar sua existência enquanto ser. Continuando o raciocínio, esse ser perfeito não nos engana e, se nos faz ter ideias sobre o mundo exterior, inclusive sobre nossos corpos, é porque criou esse mesmo mundo exterior e sensível. Assim, a partir de uma ideia inata, podemos deduzir a ideia da existência da matéria dos corpos, ou seja, da substância extensa.

Devemos notar, entretanto, que a razão não afeta nem é afetada pelos objetos. A razão só lida com as representações, isto é, com as imagens mentais, ideias ou conceitos que correspondem aos objetos exteriores.

É neste ponto que se coloca, com maior nitidez, a necessidade do método para garantir que a representação corresponda ao objeto representado. O método deve garantir que:

•  as coisas sejam representadas cor-retamente, sem risco de erro;
•  haja controle de todas as etapas das operações intelectuais;
•  haja possibilidade de serem feitas deduções que levem ao progresso do conhecimento.

Assim, a questão do método de pensamento torna-se crucial para o conhecimento filosófico a partir do século XVII. O modelo é o ideal matemático, não porque lide com números ou grandezas matemáticas, mas porque, fiel ao sentido grego de ta mathema, visa o conhecimento completo, perfeito e inteiramente racional, elemento próprio dos métodos de estudo para o Enem que ajudam o estudante de forma integral.

O que é um texto coerente?

Um texto coerente é aquele que apresenta suas ideias de forma lógica, harmoniosa e ordenada.

A caminho do trabalho ou da escola, uma pessoa encontra o seguinte anúncio:

Adquira um plano de cremação em vida e evite dúvidas sobre sua vontade. Ligue para...

Como ela entenderia esse anúncio? Usando o senso comum, podemos concluir que a intenção do anunciante é atrair pessoas que, refletindo sobre a possibilidade da morte, prefiram ser cremadas em vez de enterradas. No entanto, um desavisado poderia se perguntar, ao ler o anúncio, por que alguém iria querer uma "cremação em vida"e ainda por cima pagar por isso... É aí que entra a questão da coerência: as duas possibilidades de interpretação foram causadas por um mau ordenamento das palavras no anúncio. Para evitar ambiguidade ou piadas de engraçadinhos, convém ordenar as palavras de uma maneira mais clara. Uma opção:

Adquira em vida um plano de cremação e evite dúvidas sobre sua vontade.

Há casos em que a falta de coerência pode ir além de várias possibilidades de interpretação e resultar numa total falta de sentido. Veja:

As explicações não eram convincentes, mas eles as apresentaram, contudo estavam preocupados com o problema que haviam causado.

No caso acima, a coerência é prejudicada pelo uso inadequado dos elementos coesivos (mas, contudo) e pelas "peças" (as palavras) mal encaixadas. O período pode ser reescrito da seguinte maneira, selecionando elementos coesivos adequados e recorrendo aos recursos linguísticos, como a vírgula:

Preocupados com o problema que causaram, apresentaram suas explicações, mas elas não eram convincentes.

Por vezes, o período pode estar bem estruturado do ponto de vista sequencial, mas trazer informações contraditórias e pouco claras. Nesse caso, é preciso ter certo conhecimento do assunto abordado para captar a falta de lógica entre as proposições:

Os índices de desemprego estão altos porque o país não foi abatido pela crise e nossa produção industrial e situação económica nunca estiveram tão prósperas.

Outro exemplo:

Adoro comer batata frita porque engorda e aumenta os níveis de colesterol.

A coerência, portanto, relaciona-se diretamente ao sucesso na interpretação da mensagem, segundo a intenção do interlocutor. Nas páginas a seguir serão apresentados os critérios de textualidade e os fatores relativos à coerência.


Via de mão dupla

Para a comunicação ser eficiente, o receptor precisa fazer um esforço.

Há textos que estão bem ou razoavelmente organizados do ponto de vista dos critérios de textualidade. Além disso, o sucesso da comunicação depende da cumplicidade entre o produtor e o receptor- este sempre procura fazer as proposições e inferências necessárias para compreender aquele. Quando a compreensão não ocorre, minimamente, mesmo com o esforço do leitor/ouvinte, é provável que os critérios de textualidade estejam mal desenvolvidos.


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Na situação comunicativa a seguir, vamos entrar em contato com um texto literário, retirado do livro Quincas Borba. É preciso que o leitor faça inferências e perceba que o autor usa a ironia para revelar o caráter adulador de um personagem ou a credulidade cheia de preconceitos de outro. O leitor deve compreender a intencionalidade do texto e aceitá-la:

"Carlos Maria chamava-se o primeiro, Freitas o segundo. Rubião gostava de ambos, mas diferentemente; não era só a idade que o ligava mais ao Freitas, era também a índole deste homem. Freitas elogiava tudo, saudava cada prato e cada vinho com uma frase particular, delicada, e saía de lá com as algibeiras cheias de charutos, provando assim que os preferia a quaisquer outros. Tinha-lhe sido apresentado em certo armazém da Rua Municipal, onde jantaram uma vez juntos. Contaram-lhe ali a história do homem, a sua boa e má fortuna, mas não entraram em particularidades. Rubião torceu o nariz; era naturalmente algum náufrago, cuja convivência não lhe traria nenhum prazer pessoal nem consideração pública. Mas o Freitas atenuou logo essa primeira impressão; era vivo, interessante, anedótico, alegre como um homem que tivesse cinquenta contos de renda (...)"

Machado de Assis, Quincas Borba.

Fazer texto dissertativo no vestibular

Leia agora uma carta extraída de um livro intitulado As relações perigosas, do autor francês Choderlos de Laclos.

Carta XLVIII

Do Visconde de Valmont à Presidenta de Tourvel (Carimbada de Paris)
Depois de uma noite tempestuosa, durante a qual não preguei o olho, depois de ter passado por um estado de agitação ardente e devoradora ao de completo aniquilamento de todas as faculdades da alma, é que venho procurar a vosso lado, senhora, a calma de que preciso e que, entretanto, não espero poder gozar ainda. Com efeito, a situação em que me encontro ao vos escrever faz-me entender mais do que nunca a força irresistível do amor; sinto dificuldade em conservar suficiente domínio sobre mim mesmo para pôr alguma ordem em minhas idéias; e, desde já, prevejo que não terminarei esta carta sem ser forçado a interrompê-la. E não poderei, então, esperar que compartilhareis algum dia da perturbação que sinto neste momento? Ouso crer, entretanto, que, se a conhecêsseis bem, não seríeis inteiramente insensível a ela. Acreditai-me, senhora, a fria tranqüilidade, o sono da alma, imagem da morte, não conduzem à felicidade; só as paixões ativas podem levar a ela; e, apesar dos tormentos que me fazeis experimentar, posso assegurar-vos, sem receio, que sou, neste momento, mais feliz do que vós. Em vão me acabrunhais com vossa desoladora severidade; ela não me impede de me entregar inteiramente ao amor, e de esquecer, no delírio que ele me causa, o desespero a que me condenais. Assim é que quero vingar-me do exílio a que me obrigastes. Nunca tive tanto prazer em vos escrever; nunca senti nessa ocupação emoção tão doce e, no entanto, tão viva. Tudo parece aumentar meu arrebatamento; o ar que respiro é ardente de volúpia. Aprópria mesa em que escrevo, consagrada pela primeira vez a este uso, torna-se para mim o altar sagrado do amor; como vai embelezar-se a meus olhos! Terei traçado nela o juramento de vos amar sempre! Perdoai, suplico-vos, o meu delírio. Deveria, talvez, abandonar-me menos a esses arrebatamentos que não partilhais; cumpre deixar-vos um instante para dissipar uma embriaguez que faz mais forte do que eu.

Retorno a vós, senhora, e, sem dúvida, com o mesmo entusiasmo de sempre. Entretanto, o sentimento da felicidade fugiu para longe de mim; deu lugar ao das privações cruéis. Que adianta falar-vos de meus sentimentos, se busco em vão os meios de vos convencer? Depois de tantos esforços reiterados, a confiança e a força me abandonam ao mesmo tempo. Se ainda rememoro os prazeres do amor, é para sentir mais vivamente a tristeza de me ver privado deles. Só encontro para mim em vossa indulgência, e sinto demasiado, neste momento, quanto preciso dela para esperar obtê-la. No entanto, nunca meu amor foi mais respeitoso, nunca vos deve ter ofendido menos; é de tal ordem, ouso dizê-lo, que a mais severa virtude não deveria receá-lo; mas temo, eu mesmo, entreter-vos mais tempo com a dor que experimento. Certo de que o objeto que o causa dele não compartilha, não devo, pelo menos, abusar de suas bondades; e seria fazê-lo empregar mais tempo em vos traçar essa dolorosa imagem. Tomarei tão somente o de vos suplicar que me respondais e que não duvideis da autenticidade de meus sentimentos.

Paris, neste 30 de agosto.

Fazer um exercício oral de interpretação da carta acima, trocando impressões sobre o tema central com seus colegas de sala.

Na apresentação do módulo, falamos na importância da contextualização do fato que está sendo
relatado, procurando fornecer informações pontuais e necessárias para a compreensão do que você está escrevendo, sem excesso de detalhes. Neste momento, depois de ter trabalhado com um Problema de Lógica e de ter tido acesso à obra de Choderlos de Laclos, você vai fazer um exercício em outra direção. Escreva um texto em que as informações dadas levem o leitor a entender outra coisa.

Em seguida você vai trocar os textos com seus colegas e adaptar as perguntas sugeridas na apresentação para verificar se o texto está bem escrito dentro do propósito com que está sendo produzido nesta atividade. {fazer texto dissertativo}Ou seja:

-  As informações colocadas no texto foram suficientes para despistar o leitor sem comprometer a eficácia do texto?
-  As informações colocadas no texto eram necessárias para despistar o leitor?
-  Havia no texto elementos que permitiam ao leitor chegar na outra leitura possível, e pretendida, sem prejudicar o efeito de surpreender o leitor?

Pequenos exercícios de interpretação para eM

A cada ano vejo com mais frequência alunos que têm dificuldade de memorização de informações importantes para o Enem. Numa época de excesso de informações, saber o que guardar é muito importante porque é isso que será cobrado depois em provas do Enem e vestibulares. Por isso mesmo que entendo que exercícios como os que proponho no blog são essenciais para que se vá bem nas várias situações a que o aluno se colocará.

Lista de exercícios de interpretação

TEXTO V

A mente de Deus é como a Internet: ela pode ser acessada por qualquer um, no mundo todo.

(Américo Barbosa, na Folha de São Paulo)

16) No texto, o autor compara:

a) Deus e internet

b) Deus e mundo todo

c) internet e qualquer um

d) mente e internet

e) mente e qualquer um

17) O que justifica a comparação do texto é:

a) a modernidade da informática

b) a bondade de Deus

c) a acessibilidade da mente de Deus e da internet

d) a globalização das comunicações

e) O desejo que todos têm de se comunicar com o mundo.

18) O conectivo comparativo presente no texto só não pode ser substituído por:

a) tal qual

b) que nem

c) qual

d) para

e) feito

19) Só não constitui paráfrase do texto:

a) A mente de Deus, bem como a internet, pode ser acessada por qualquer um, no mundo todo.

b) No mundo todo, qualquer um pode acessar a mente de Deus e a internet.

c) A mente de Deus pode ser acessada, no mundo todo, por qualquer um, da mesma forma que a internet.

d) Tanto a internet quanto a mente de Deus podem ser acessadas, no mundo todo, por qualquer um.

e) A mente de Deus pode acessar, como qualquer um, no mundo todo, a internet.

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Gabarito dos exercícios

Texto V

16) Letra d

A comparação não é feita entre Deus e a internet, como possa parecer, mas sim entre a mente (de Deus) e a internet. É diferente.

17) Letra c

Veja bem o que o texto nos transmite: a mente (de Deus), da mesma forma que a internet, podem ser acessadas por qualquer um, ou seja, elas são acessíveis. Se são acessíveis, é porque têm acessibilidade. Daí o gabarito ser a letra c.

18) Letra d “

O conectivo comparativo a que se refere o enunciado da questão é a conjunção como. Tal qual, que nem (popular), qual e feito (popular) poderiam ser usados sem alteração de sentido. A preposição para não tem esse valor, além de, nesse caso, deixar o texto sem coesão textual e coerência.

19) Letra e

Paráfrase é uma reescritura do texto, sem alteração de sentido. É comum em alguns tipos de concursos. Na letra e, ao se dizer que “a mente de Deus pode acessar”, o sentido se altera radicalmente, pois a mente passa a ser ativa, ou seja, ela passa a praticar a ação, quando no texto ela sofre a ação, as pessoas é que a acessam, da mesma forma que acessam a internet.

Atividades extras de Português para Ensino Médio

assinar descomplica-enem-redação-nota-1000Esta é uma grande lista de exercícios preparatória para quem se preparar para vestibulares deste final de ano e para as provas do ensino Médio.  Nas aulas que tenho acompanhado ao vivo no Descomplica, sempre os professores dizem que é importante montar um cronograma de estudos para ter um melhor aproveitamento. estou preparando isso já para as próximas semanas para compartilhar nas fanpages dos meus projetos educativos. Nesta lista vocês verá exercícios de Interpretação de texto , Classes de palavras , Colocação pronominal  e Figuras de Linguagem .

Lista de exercícios variada

01. ( Puc rio 2008 – modificada )Leia o texto abaixo:

A venalidade, disse o Diabo, era o exercício de um direito superior a todos os direitos. Se tu podes vender a tua casa, o teu boi, o teu sapato, o teu chapéu, cousas que são tuas por uma razão jurídica e legal, mas que, em todo caso, estão fora de ti, como é que não podes vender a tua opinião, o teu voto, a tua palavra, a tua fé, cousas que são mais do que tuas, porque são a tua própria consciência, isto é, tu mesmo? Negá-lo é cair no absurdo e no contraditório. Pois não há mulheres que vendem os cabelos? não pode um homem vender uma parte do seu sangue para transfundi-lo a outro homem anêmico? e o sangue e os cabelos, partes físicas, terão um privilégio que se nega ao caráter, à porção moral do homem? Demonstrando assim o princípio, o Diabo não se demorou em expor as vantagens de ordem temporal ou pecuniária; depois, mostrou ainda que, à vista do preconceito social, conviria dissimular o exercício de um direito tão legítimo, o que era exercer ao mesmo tempo a venalidade e a hipocrisia, isto é, merecer duplicadamente.

Fragmento do conto "A Igreja do Diabo", de Machado de Assis

a) Explique o argumento de que se vale o Diabo na defesa que faz da venalidade.

b) Explique a que se refere o pronome "Negá-lo é cair no absurdo e no contraditório" e classifique-o.

c) Explique se a colocação pronominal, no trecho em negrito no texto, está adequada.

d) Classifique o sintagma abaixo, retirado do texto, e indique a categoria gramatical de seu determinado e seus determinantes.

“as vantagens de ordem temporal ou pecuniária”

02. O projeto Montanha Limpa, desenvolvido desde 1992, por meio da parceria entre o Parque Nacional de Itatiaia e a DuPont, visa amenizar os problemas causados pela poluição em forma de lixo deixado por visitantes desatentos.

(Folheto do Projeto Montanha Limpa do Parque Nacional de Itatiaia).

a) Qual palavra indica que o Projeto Montanha Limpa continua até a publicação do Folheto? Indique a classe gramatical da palavra transcrita do texto.

b) Transcreva do texto uma locução prepositiva e uma locução adjetiva. Indique a importância delas para o contexto.

03. Analise a campanha abaixo:

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(revista Época. 07 de abril de 2008)

a) Transcreva do texto duas palavras responsáveis pelo diálogo estabelecido entre o texto publicitário e o receptor da mensagem. Indique a categoria gramatical delas.

b) Explique qual o sentido da expressão “um anúncio” no contexto acima. Explique semanticamente.

c) Explique a relação existente entre a frase de chamada e o texto não – verbal, no anúncio.

Todos os testes devem ser justificados, no caderno

01. O termo em destaque pode ser classificado como pronome relativo em todas as orações a seguir, EXCETO em:

a) "(...) eles derramam um líquido amarelo QUE pode até ser manteiga, (...)"

b) "Quando a prudência ensina QUE se deve olhar os americanos do ponto de vista das pipocas.")

c) "(...) mas a maioria dos QUE compram as armas e as munições só quer ter os brinquedos em casa."

d) "(...) tudo naquela sociedade é feito para saciar apetites infantis, QUE se caracterizam por serem simples mas vorazes.")

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO

(Ufrrj 2006) ECOLOGIA INTERIOR

Por um minuto, esquece a poluição, a química que contamina a terra, e medita: como anda teu equilíbrio ecobiológico? Examina a mente. Está despoluída de ambições desmedidas, preguiça intelectual e intenções inconfessáveis? Teu humor intoxica-se de raiva e arrogância? Onde as flores do bem-querer, os pássaros pousados no olhar, as águas cristalinas das palavras?

Graças ao Espírito que molda e anima o ser, o copo partido se reconstitui, inteiro, se fores capaz de amar. Primeiro, a ti mesmo, impedindo que tua subjetividade se afogue nas marés negativas. Depois, aos semelhantes, exercendo a tolerância e o perdão, sem sacrificar o respeito e a justiça. Pratica a difícil arte do silêncio. Desliga-te das preocupações inúteis. Recolhe-te ao mais íntimo de ti mesmo e descobre, lá no fundo, o Ser Vivo que funda a tua identidade.

Acolhe tua vida como é: dádiva involuntária. Trata a todos como igual, ainda que estejam revestidos ilusoriamente de nobreza ou se mostrem como seres carcomidos pela miséria. Faze da justiça o teu modo de ser e jamais te envergonhes da pobreza, da falta de conhecimentos ou poder. Tua riqueza e teu poder residem em tua moral e dignidade, que não têm preço e trazem apreço.

Porém, arma-te de indignação e esperança. Luta para que todos os caminhos sejam aplainados, até que a espécie humana se descubra como uma só família, na qual todos, malgrado as diferenças, tenham iguais direitos e oportunidades.

Ainda que cercado de adversidades, se preservares tua ecobiologia interior, serás feliz, porque trarás em teu coração tesouros indevassáveis.

(Frei Betto, "O Dia" 30 de maio, 2004.)

2. O autor mantém com o leitor, ao longo de todo o texto, um diálogo explícito, que é gramaticalmente estruturado por meio do emprego:

a) de pronomes informais de tratamento.

b) de pronomes formais de tratamento.

c) da terceira pessoa do discurso.

d) da segunda pessoa do discurso.

e) da primeira pessoa do discurso.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO

(Uece 2008) O BARBEIRO

Perto de casa havia um barbeiro, que me conhecia de vista, amava a rabeca e não tocava inteiramente mal.Na ocasião em que ia passando, executava não sei que peça. Parei na calçada a ouvi-lo (tudo são pretextos a um coração agoniado), ele viu-me, e continuou a tocar. Não atendeu a um freguês, e logo a outro, que ali foram, a despeito da hora e de ser domingo, confiar-lhe as caras à navalha. Perdeu-os sem perder uma nota; ia tocando para mim. Esta consideração fez-me chegar francamente à porta da loja, voltado para ele. Ao fundo, levantando a cortina de chita que fechava o interior da casa, vi apontar uma moça trigueira, vestido claro, flor no cabelo. Era a mulher dele; creio que me descobriu de dentro, e veio agradecer-me com a presença o favor que eu fazia ao marido. Se me não engano, chegou a dizê-lo com os olhos. Quanto ao marido, tocava agora com mais calor; sem ver a mulher, sem ver fregueses, grudava a face no instrumento, passava a alma ao arco, e tocava, tocava...

Divina arte! Ia-se formando um grupo, deixei a porta da loja e vim andando para casa; enfiei pelo corredor e subi as escadas sem estrépito. Nunca me esqueceu o caso deste barbeiro, ou por estar ligado a um momento grave de minha vida, ou por esta máxima, que os compiladores podiam tirar daqui e inserir nos compêndios da escola. A máxima é que a gente esquece devagar as boas ações que pratica, e verdadeiramente não as esquece nunca. Pobre barbeiro! Perdeu duas barbas naquela noite, que eram o pão do dia seguinte, tudo para ser ouvido de um transeunte.Supõe agora que este, em vez de ir-se embora, como eu fui, ficava à porta a ouvi-lo e namorar-lhe a mulher; então é que ele, todo arco, todo rabeca, tocaria desesperadamente. Divina arte!

(ASSIS, Machado de. Dom Casmurro - obra completa - vol. I, Aguilar, 2a ed. 1962.)

3. Sobre o foco da narrativa no primeiro parágrafo, pode-se dizer, corretamente, que:

a) mantém-se sempre no personagem narrador.

b) apresenta a seqüência: narrador-barbeiro-mulher-narrador.

c) privilegia o barbeiro, pela rica descrição.

d) apresenta a seqüência: narrador-barbeiro-mulher-barbeiro.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO Fuvest) Uma flor, o Quincas Borba. Nunca em minha infância, nunca em toda a minha vida, achei um menino mais gracioso, inventivo e travesso. Era a flor, e não já da escola, senão de toda a cidade. A mãe, viúva, com alguma cousa de seu, adorava o filho e trazia-o amimado, asseado, enfeitado, com um vistoso pajem atrás, um pajem que nos deixava gazear a escola, ir caçar ninhos de pássaros, ou perseguir lagartixas nos morros do Livramento e da Conceição, ou simplesmente arruar, à toa, como dous peraltas sem

(emprego. E de imperador! Era um gosto ver o Quincas Borba fazer de imperador nas festas do Espírito Santo. De resto, nos nossos jogos pueris, ele escolhia sempre um papel de rei, ministro, general, uma supremacia, qualquer que fosse. Tinha garbo o traquinas, e gravidade, certa magnificência nas atitudes, nos meneios. Quem diria que... Suspendamos a pena; não adiantemos os sucessos. Vamos de um salto a 1822, data da nossa independência política, e do meu primeiro cativeiro pessoal.

(Machado de Assis, "Memórias póstumas de Brás Cubas")

4. A enumeração de substantivos expressa gradação ascendente em:

a) "menino mais gracioso, inventivo e travesso".

b) "trazia-o amimado, asseado, enfeitado".

c) "gazear a escola, ir caçar ninhos de pássaros, ou perseguir lagartixas".

d) "papel de rei, ministro, general".

e) "tinha garbo (...), e gravidade, certa magnificência".

5.O pronome destacado tem valor de possessivo em:

a) O pai dizia-LHE para testar o aparelho depois da tempestade.

b) A moça olhava para a colega que LHE estava de costas.

c) A comissão pediu-LHE mais informações pessoais.

d) Cobria-LHE as pernas com a colcha de retalhos.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO

(Uece 2008) A MOMÓRIA E O CAOS DIGITAL

Fernanda Colavitti

A era digital trouxe inovações e facilidades para o homem que superou de longe o que a ficção previa até pouco tempo atrás. Se antes precisávamos correr em busca de informações de nosso interesse, hoje, úteis ou não, elas é que nos assediam: resultados de loterias, dicas de cursos, variações da moeda, ofertas de compras, notícias de atentados, ganhadores de gincanas, etc. Por outro lado, enquanto cresce a capacidade dos discos rígidos e a velocidade das informações, o desempenho da memória humana está ficando cada vez mais comprometido. Cientistas são unânimes ao associar a rapidez das informações geradas pelo mundo digital com a restrição de nosso "disco rígido" natural.Eles ressaltam, porém, que ¨o problema não está propriamente nas novas tecnologias, mas no uso exagerado delas, o que faz com que deixemos de lado atividades mais estimulantes, como a leitura, que envolvem diversas funções do cérebro. Os mais prejudicados por esse processo têm sido crianças e adolescentes, cujo desenvolvimento neuronal acaba sendo moldado preguiçosamente.

Responda sem pensar: qual era a manchete do jornal de ontem? Você lembra o nome da novela que antecedeu o Clone? E quem era o técnico da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1994? Não ter uma resposta imediata para essas perguntas não deve ser causa de preocupação para ninguém, mas exemplifica bem o problema constatado pela fonoaudióloga paulista Ana Maria Maaz Alvarez, que há mais de 20 anos estuda a relação entre audição e recordação.

A pedido de duas empresas, ela realizou uma pesquisa para saber o que estava ocorrendo com os funcionários que reclamavam com freqüência de lapsos de memória. Foram entrevistados 71 homens e mulheres, com idade de 18 e 42 anos. A maioria dos esquecimentos era de natureza auditiva, como nomes que acabavam de ser ouvidos ou assuntos discutidos. (Por falar nisso, responda sem olhar no parágrafo anterior: você lembra o nome da pesquisadora citada?)

Ana Maria descobriu que os lapsos de memória resultavam basicamente do excesso de informação em conseqüência do tipo de trabalho que essas pessoas exerciam nas empresas, e do pouco tempo que dispunham para processá-las, somados à angústia de querer saber mais e ao excesso de atribuições. "Elas não se detinham no que estava sendo dito (lido, ouvido ou visto) e, conseqüentemente, não conseguiam gravar os dados na memória", afirma.

(Fonte Internet : "Superinteressante", 2001).

6. Assinale a alternativa em que todas as expressões destacadas têm valor de adjetivo.

a) Era DIGITAL trouxe inovações e FACILIDADES QUE SUPERARAM o QUE PREVIA a ficção.

b) Deixemos DE LADO atividades QUE ENVOLVEM DIVERSAS funções DO CÉREBRO.

c) Hoje, ÚTEIS ou não, as informações É QUE nos assediam.

d) Responda qual era a manchete DO JORNAL DE ONTEM.

TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 6 QUESTÕES.

07. (Ime) AS CARIDADES ODIOSAS

Foi uma tarde de sensibilidade ou de suscetibilidade? Eu passava pela rua depressa, emaranhada nos meus pensamentos, como às vezes acontece. Foi quando meu vestido me reteve: alguma coisa enganchara na minha saia. Voltei-me e vi que se tratava de uma mão pequena e escura. Pertencia a uma menino a que a sujeira e o sangue interno davam um tom quente de pele. O menino estava de pé no degrau da grande confeitaria. Seus olhos, mais do que suas palavras meio engolidas, informavam-me de sua paciente aflição. Paciente demais. Percebi vagamente um pedido, antes de compreender o seu sentido concreto. Um pouco aturdida eu o olhava, ainda em dúvida se fora a mão da criança que me ceifara os pensamentos.

- Um doce, moça, compre um doce para mim.

Acordei finalmente. O que estivera eu pensando antes de encontrar o menino? O fato é que o pedido deste pareceu cumular uma lacuna, dar uma resposta que podia servir para qualquer pergunta, assim como uma grande chuva pode matar a sede de quem queria uns goles de água.

Sem olhar para os lados, por pudor talvez, sem querer espiar as mesas da confeitaria onde possivelmente algum conhecido tomava sorvete, entrei, fui ao balcão e disse com uma dureza que só Deus sabe explicar: um doce para o menino.

De que tinha eu medo? Eu não olhava a criança, queria que a cena, humilhante para mim terminasse logo. Perguntei-lhe: que doce você...

Antes de terminar, o menino disse apontando depressa com o dedo: aquelezinho ali, com chocolate por cima. Por um instante perplexa, eu me recompus logo e ordenei, com aspereza, à caixeira que o servisse.

- Que outro doce você quer? perguntei ao menino escuro.

Este, que mexendo as mãos e a boca ainda esperava com ansiedade pelo primeiro, interrompeu-se, olhou-me um instante e disse com delicadeza insuportável, mostrando os dentes: não precisa de outro não. Ele poupava a minha bondade.

- Precisa sim, cortei eu ofegante, empurrando-o para frente. O menino hesitou e disse: aquele amarelo de ovo. Recebeu um doce em cada mão, levantando as duas acima da cabeça, com medo talvez de apertá-los. Mesmo os doces estavam tão acima do menino escuro. E foi sem olhar para mim que ele, mais do que foi embora, fugiu. A caixeira olhava tudo:

-Afinal uma alma caridosa apareceu. Esse menino estava nesta porta há mais de uma hora, puxando todas as pessoas que passavam, mas ninguém quis dar.

Fui embora, com o rosto corada de vergonha. De vergonha mesmo? Era inútil querer voltar aos pensamentos anteriores. Eu estava cheia de um sentimento de amor, gratidão, revolta e vergonha. Mas, como se costuma dizer, o Sol parecia brilhar com mais força. Eu tivera a oportunidade de... E para isso fora necessário um menino magro e escuro... E para isso fora necessário que outros não lhe tivessem dado um doce.

E as pessoas que tomavam sorvete? Agora, o que eu queria saber com autocrueldade era o seguinte: temera que os outros me vissem ou que os outros não me vissem? O fato é que, quando atravessei a rua, o que teria sido piedade já se estrangulara sob outro sentimento. E, agora sozinha, meus pensamentos voltaram lentamente a ser os anteriores, só que inúteis.

a). Que fato interrompeu o pensamento da narradora?

b) "Ele poupava a minha bondade", no texto. Que atitude do menino levou a narradora a essa constatação?

c) Depois de feita a caridade, a narradora revela sentimentos confusos. Transcreva o fragmento que comprova essa afirmativa.

d) A narradora considera que, para exercer sua piedade, foi necessária a junção de dois fatores. Quais?

e) Pode-se afirmar que a narradora estava imune à opinião alheia? Justifique sua resposta.

f) A narradora concentra-se nos fatos ou na análise das reações das personagens (ela própria e o menino)?